
Cadastro da Pessoa Física (CPF) - Foto: Receita Federal
Em 2025, uma nova onda de golpes digitais tem preocupado autoridades e cidadãos brasileiros. Criminosos estão utilizando o nome da Receita Federal para enganar vítimas, explorando o medo de perder acesso a serviços essenciais devido a supostas irregularidades no CPF.
A fraude se inicia com o envio de e-mails falsos, que simulam comunicações oficiais da Receita Federal, pressionando os destinatários a agirem rapidamente sob a ameaça de suspensão do documento. A sofisticação do esquema, com o uso de elementos visuais que imitam os canais legítimos do governo, dificulta a identificação do golpe.
A Receita Federal tem intensificado seus alertas sobre essa prática, que já afeta milhares de pessoas em todo o país. As mensagens fraudulentas utilizam logotipos e linguagem semelhantes aos da instituição, alegando pendências no CPF e exigindo o pagamento imediato de multas fictícias para evitar bloqueios. Especialistas apontam que a tática explora a falta de informação da população sobre os procedimentos oficiais da Receita, ampliando o alcance do golpe.
Diferentemente de fraudes anteriores, essa nova modalidade utiliza sites falsos que replicam portais governamentais, mas escondem armadilhas digitais. Links nos e-mails direcionam as vítimas a páginas que solicitam dados pessoais ou bancários, resultando em roubo de informações e prejuízos financeiros.
Como os criminosos enganam as vítimas
Os golpistas criam e-mails com linguagem alarmista, gerando pânico e levando as vítimas a decisões precipitadas. As mensagens estipulam prazos curtos para o pagamento de multas, acompanhados de boletos falsos ou links para transferências bancárias. A falsificação de identidade visual, com o uso de logotipos semelhantes aos da Receita Federal, também contribui para o engano.
Os sites fraudulentos imitam portais oficiais, mas apresentam falhas sutis, como endereços de URL que não terminam em “.gov.br”. Ao inserir informações pessoais ou realizar pagamentos, os dados são capturados pelos criminosos, que podem utilizá-los para outros crimes.
Como se proteger do golpe do CPF
A Receita Federal não realiza comunicações por e-mail ou mensagens de texto solicitando dados pessoais, pagamentos ou regularizações urgentes. Notificações oficiais são enviadas pelo Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) ou correspondências físicas. Mensagens inesperadas que exigem ações imediatas devem ser tratadas com desconfiança.
Evite clicar em links desconhecidos e ignore anexos em e-mails suspeitos, pois podem conter vírus ou programas capazes de roubar informações. Para verificar a autenticidade de comunicações da Receita Federal, acesse diretamente o site oficial ou o e-CAC, utilizando os canais próprios da instituição. Antes de fornecer qualquer informação ou realizar pagamentos, confira se a URL contém o domínio “gov.br”.
Cronologia do golpe e ações da Receita Federal em 2025
O esquema ganhou força em 2025:
- Janeiro de 2025: Primeiros relatos de e-mails falsos começam a circular.
- Fevereiro de 2025: A Receita Federal emite um comunicado oficial alertando sobre a fraude.
- Março de 2025: O golpe se espalha para outras regiões.
A Receita Federal tem orientado a população a denunciar tentativas de golpe por meio de canais oficiais, como o Fale Conosco no site da Receita. Autoridades trabalham em parceria com empresas de tecnologia para identificar e bloquear os domínios fraudulentos.
Dicas práticas para evitar fraudes digitais
- Verifique o remetente do e-mail: Endereços oficiais da Receita Federal sempre terminam em “@gov.br”.
- Desconfie de prazos curtos ou ameaças: Comunicados legítimos não criam urgência artificial.
- Cheque URLs antes de clicar: Links que não levam a domínios “.gov.br” são suspeitos.
- Não forneça dados pessoais: A Receita Federal nunca solicita informações por e-mail ou SMS.
Vulnerabilidade digital no Brasil
A disseminação desse golpe expõe a vulnerabilidade digital no Brasil. A falta de educação digital facilita a ação de criminosos. O país registrou um aumento de 30% nas tentativas de fraudes cibernéticas em 2024, tendência que se mantém em 2025. A Receita Federal segue monitorando a evolução do golpe, enquanto autoridades policiais investigam os responsáveis pela criação das mensagens e sites falsos.
A principal defesa dos brasileiros continua sendo a cautela e a verificação rigorosa de qualquer comunicação recebida.