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A antecipação do 13º salário do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), aguardada por mais de 40 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários, promete injetar cerca de R$ 70 bilhões na economia brasileira em 2025. Tradicionalmente pago no segundo semestre, o abono natalino tem sido antecipado nos últimos anos pelo governo federal como estratégia para oferecer alívio financeiro aos segurados em meio ao aumento do custo de vida.
A expectativa é que a primeira parcela comece a ser liberada entre abril e maio, enquanto a segunda deve chegar entre maio e junho, seguindo o padrão recente. Porém, nada foi confirmado de forma oficial pelo governo federal. Os pagamentos são divididos em duas parcelas: a primeira, equivalente a 50% do valor total, é depositada sem descontos, enquanto a segunda inclui deduções como o Imposto de Renda para quem ultrapassa o limite de isenção.
O calendário oficial de 2025 ainda não foi divulgado, mas deve seguir a organização tradicional, separando os beneficiários em dois grupos: aqueles que recebem até um salário mínimo e os que ganham acima desse valor. A medida abrange aposentados de todas as categorias, pensionistas e beneficiários de auxílios temporários, como Auxílio-Doença e salário-maternidade, também têm direito, mas exclui quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Renda Mensal Vitalícia (RMV), por serem programas assistenciais.
Histórico de antecipação
A prática de antecipar o 13º salário do INSS começou a se consolidar em 2020, durante a pandemia, quando o governo buscou oferecer suporte financeiro em meio à crise econômica. Inicialmente uma medida emergencial, a estratégia foi repetida em 2021, 2022, 2023 e 2024, sempre com a primeira parcela paga no primeiro semestre.
Essa antecipação não apenas ajuda os aposentados a organizarem suas finanças com antecedência, mas também estimula a economia em meses menos aquecidos, como o primeiro semestre. O INSS, responsável por mais de 40 milhões de benefícios ativos, desempenha um papel crucial na distribuição de renda, especialmente em cidades menores, onde os recursos do 13º frequentemente sustentam o comércio local.
Nem todos os segurados do INSS recebem o 13º salário, mas o benefício abrange um grupo amplo de categorias previdenciárias. Aposentados por idade, tempo de contribuição, especial ou invalidez estão incluídos, assim como pensionistas que recebem pensão por morte. Beneficiários de auxílios temporários, como auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão e salário-maternidade, também têm direito, com o valor calculado proporcionalmente ao tempo de recebimento no ano. Já o BPC e a RMV, por serem assistenciais e não vinculados a contribuições previdenciárias, ficam fora da lista.
Calendário previsto para 2025
O INSS organiza os pagamentos do 13º salário com base no número final do benefício, sem o dígito, e divide os segurados em dois grupos principais: aqueles que recebem até um salário mínimo e os que ganham acima disso. Embora o calendário oficial de 2025 ainda dependa de confirmação do governo, a antecipação dos últimos anos sugere as seguintes datas estimadas:
- Primeira parcela: Entre 25 de abril e 8 de maio, começando pelos finais de benefício de 1 a 0 para quem recebe até um salário mínimo, e entre 2 e 6 de maio para quem ganha mais.
- Segunda parcela: Entre 24 de maio e 7 de junho, seguindo a mesma ordem de finais e grupos.
Para quem recebe até um salário mínimo, os depósitos ocorrem primeiro, enquanto os de valores maiores são pagos nos cinco dias úteis seguintes. O cronograma exato será divulgado pelo INSS nos próximos meses, mas a antecipação já é vista como certa por analistas econômicos.
Cálculo e valores do 13º salário
O valor do 13º salário do INSS é baseado no benefício mensal recebido pelo segurado, com regras específicas para cada caso. Quem já recebia o benefício desde janeiro tem direito ao valor integral, equivalente a uma mensalidade cheia. Para quem começou a receber ao longo de 2025, o cálculo é proporcional ao número de meses de concessão, com cada mês contando a partir de 15 dias de recebimento. A primeira parcela, de 50%, é paga sem descontos, enquanto a segunda sofre deduções do Imposto de Renda para contribuintes que ultrapassam o teto de isenção.
Por exemplo, um aposentado com benefício de R$ 1.412 (salário mínimo em 2024) receberia R$ 706 na primeira parcela e o restante na segunda, já com eventuais descontos. Para valores acima do mínimo, como R$ 3.000, a primeira parcela seria de R$ 1.500, e a segunda ajustada conforme a tributação. Em 2025, o reajuste do salário mínimo, previsto para cerca de R$ 1.510 com base na inflação, deve elevar os valores pagos, ampliando o impacto total do benefício.
A injeção de R$ 70 bilhões prevista para o 13º salário do INSS em 2025 terá reflexos diretos na economia brasileira. Esse montante, distribuído entre mais de 40 milhões de beneficiários, impulsiona o consumo em setores como varejo, serviços e turismo, especialmente em cidades do interior onde os aposentados representam uma fatia significativa da renda local.
Além do suporte econômico, o 13º salário antecipado oferece estabilidade financeira aos segurados, permitindo melhor planejamento ao longo do ano. Para aposentados e pensionistas, que frequentemente vivem com orçamentos apertados, receber o valor no primeiro semestre ajuda a evitar o endividamento típico do fim de ano.
Dicas
Com a chegada do 13º salário, os segurados podem otimizar o uso do dinheiro seguindo algumas estratégias práticas:
- Priorizar o pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial.
- Reservar uma parte para emergências ou despesas médicas, comuns entre idosos.
- Aproveitar descontos em contas anuais, como IPTU e IPVA, pagas à vista.
- Evitar gastos impulsivos, focando em necessidades básicas como alimentação e moradia.