
Bolsa Família - Foto: MDS / GOV
Mais de 21 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social receberão os pagamentos do Bolsa Família a partir de 17 de abril. O programa, que é fundamental para a redução da pobreza no Brasil, distribui cerca de R$ 7 bilhões mensalmente, alcançando lares com renda per capita de até R$ 218.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome organiza os depósitos de forma escalonada, com base no último dígito do Número de Identificação Social (NIS), garantindo que os recursos cheguem a todos de maneira ordenada. Os valores variam conforme a composição familiar, incluindo benefícios adicionais para gestantes, crianças e adolescentes, e podem ser sacados em caixas eletrônicos, lotéricas ou movimentados pelo aplicativo Caixa Tem.
Em 2025, espera-se que os saques pelo Caixa Tem continuem crescendo. O calendário deste mês segue até o dia 30, cobrindo os 10 últimos dias úteis.
Em operação desde 2003, o Bolsa Família exige contrapartidas como frequência escolar mínima de 85% para crianças e adolescentes e acompanhamento de saúde para gestantes e menores de 7 anos. Para consultar o dia exato do pagamento, basta verificar o NIS no cartão do programa ou em documentos oficiais.
Com a inflação acumulada em 4,5% nos últimos 12 meses, o valor médio de R$ 680 por família ajuda a cobrir despesas básicas como alimentação e material escolar. Vale lembrar que o orçamento federal garante recursos para este e outros programas.
Datas oficiais de pagamento em abril
O cronograma de abril começa em 17 e termina em 30, seguindo o padrão de escalonamento pelo NIS. Confira as datas:
- Final 1: 17 de abril
- Final 2: 18 de abril
- Final 3: 21 de abril
- Final 4: 22 de abril
- Final 5: 23 de abril
- Final 6: 24 de abril
- Final 7: 25 de abril
- Final 8: 28 de abril
- Final 9: 29 de abril
- Final 0: 30 de abril
Essas datas foram planejadas para evitar aglomerações em agências bancárias e facilitar o acesso aos recursos.
Quem tem direito ao Bolsa Família
Famílias com renda mensal *per capita* de até R$ 218 estão elegíveis ao programa, desde que inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). O benefício básico de R$ 300 é pago a quem vive em extrema pobreza, com renda de até R$ 109 por pessoa. Adicionais como R$ 150 por criança de até 6 anos e R$ 50 por adolescente ou gestante podem elevar o valor total, dependendo do perfil do núcleo familiar. Além disso, o microcrédito do Acredita pode impulsionar financeiramente as famílias inscritas no CadÚnico.
Para continuar recebendo, os beneficiários devem manter as crianças na escola e cumprir o calendário de vacinação. Gestantes precisam realizar consultas pré-natais regularmente. Em março, cerca de 500 mil famílias foram incluídas após atualização cadastral.
Como o pagamento é organizado
Os depósitos são feitos em contas digitais da Caixa Econômica Federal, acessíveis pelo aplicativo Caixa Tem, que permite transferências via Pix, pagamento de contas e saques sem cartão em terminais eletrônicos. Para quem prefere o dinheiro em mãos, lotéricas e agências bancárias estão disponíveis, exigindo apenas o cartão do programa ou documento com foto.
O escalonamento pelo NIS evita filas e garante eficiência. Cada dígito corresponde a um dia específico, e os valores ficam disponíveis imediatamente após o depósito. Em casos de feriados locais, os pagamentos não são antecipados, mas o calendário nacional é ajustado para dias úteis.
Benefícios adicionais do programa
Além do valor base, o Bolsa Família oferece incrementos que atendem às necessidades específicas das famílias. O Benefício Primeira Infância, de R$ 150 por criança de 0 a 6 anos, alcança mais de 9 milhões de menores, enquanto o Benefício Variável Familiar paga R$ 50 por adolescente de 7 a 18 anos, gestantes ou lactantes. Esses extras podem fazer o pagamento ultrapassar R$ 1.000 em lares com vários dependentes.
Em 2024, o programa distribuiu R$ 82 bilhões, e a previsão para este ano é manter o mesmo patamar, ajustado à inflação. Cerca de 60% dos beneficiários vivem no Nordeste, região com os maiores índices de pobreza, seguida pelo Sudeste, com 25%. Esses recursos injetam ânimo na economia local, especialmente em pequenos comércios.