
Programa Acredita no Primeiro Passo
O programa Acredita no Primeiro Passo, iniciativa do Governo Federal lançada em 2024, está expandindo o acesso ao microcrédito para milhões de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) em 2025. Através de instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, o programa oferece financiamentos de até R$ 21 mil, visando impulsionar o empreendedorismo e reduzir a dependência de auxílios sociais.
Com um montante de R$ 12 bilhões previsto para circular, o programa, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), combina taxas de juros reduzidas e suporte técnico para trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs) e autônomos.
Diferentemente de empréstimos consignados que comprometiam a renda básica, o microcrédito foca na geração de renda, oferecendo condições acessíveis e um fundo garantidor que cobre até 100% das operações. Isso permite que beneficiários sem fiadores ou garantias tradicionais consigam crédito pela primeira vez.
A prioridade do programa é promover a autonomia financeira em regiões vulneráveis, incluindo agora o Centro-Oeste e Sudeste. Mulheres, que representam mais de 50% dos inscritos no **CadÚnico**, têm papel central, com pelo menos metade dos recursos destinada a elas.
Expansão nacional eleva alcance do crédito
A inclusão da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no Acredita no Primeiro Passo amplia a escala do programa, permitindo atender milhões de famílias que antes dependiam de bancos regionais. O MDS projeta 1,25 milhão de transações até 2026, injetando R$ 7,5 bilhões na economia.
Além da capilaridade dos bancos, o programa aposta em parcerias com cooperativas de crédito e fintechs para alcançar cidades menores e áreas rurais. O Fundo Garantidor de Operações (FGO), com R$ 1 bilhão de aporte inicial, elimina a exigência de bens como garantia.
O Sebrae oferece suporte técnico, capacitando pequenos empreendedores para gerir os recursos e planejar seus negócios. Em 2025, mais de 200 mil famílias já participaram de oficinas presenciais no primeiro trimestre.
Como solicitar o microcrédito em 2025
Para acessar o microcrédito, famílias do CadÚnico devem se inscrever no Programa Progredir, onde apresentam seus projetos de negócio. Após o cadastro, bancos parceiros avaliam a proposta, definindo o valor do empréstimo e as condições de pagamento.
Os valores variam conforme o perfil do solicitante: novos empreendedores podem obter até R$ 21 mil para iniciar atividades, enquanto MEIs formalizados acessam até 30% do faturamento anual anterior. Trabalhadores informais e pequenos comerciantes geralmente recebem uma média de R$ 6 mil por operação.
Etapas principais para solicitação:
- Cadastro no Programa Progredir com detalhes do projeto.
- Análise da proposta pelos bancos parceiros.
- Liberação do recurso após aprovação, com acompanhamento do uso.
Diversos setores da economia popular estão sendo impulsionados pelo microcrédito. Artesãos investem em materiais, comerciantes ambulantes compram estoques maiores e agricultores familiares melhoram suas propriedades. Autônomos também relatam avanços, com muitos dobrando a renda após o investimento.
Cronograma de liberação dos recursos
A expansão do programa segue etapas definidas para 2025:
Março: Lançamento nacional com Caixa e Banco do Brasil, focando Norte e Nordeste.
Abril a Junho: Ampliação para Centro-Oeste e Sudeste, com parcerias regionais.
Julho a Dezembro: Consolidação, com meta de R$ 12 bilhões em circulação.
Oferecer crédito a famílias de baixa renda traz resultados positivos, como a baixa inadimplência e a redução da dependência de auxílios. A capacitação técnica reduz riscos de mau uso dos recursos. Mulheres são destaque entre os beneficiários, com mais de 50% dos recursos direcionados a elas.
Dicas práticas para aproveitar o crédito
Para maximizar os benefícios do microcrédito:
- Investir em atividades que gerem renda, como compra de equipamentos.
- Evitar gastos pessoais sem retorno financeiro.
- Participar de capacitações gratuitas para gerir o negócio.
- Planejar parcelas para não sobrecarregar o orçamento.