auxílio-doença – Benefício do Governo https://beneficiodogoverno.com.br Fique por dentro dos principais benefícios do governo! Informações atualizadas sobre auxílios, direitos e programas sociais. Tue, 01 Apr 2025 17:58:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 https://i0.wp.com/beneficiodogoverno.com.br/wp-content/uploads/2025/02/cropped-BENEFICIO-DO-GOVERNO-LOGO.png?fit=32%2C32&ssl=1 auxílio-doença – Benefício do Governo https://beneficiodogoverno.com.br 32 32 242155710 Auxílio-doença foi negado? Veja como recorrer e quando buscar orientação especializada https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/auxilio-doenca-foi-negado-veja-como-recorrer-e-quando-buscar-orientacao-especializada/ Tue, 01 Apr 2025 17:58:40 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=2005 Nos últimos meses, milhares de trabalhadores brasileiros enfrentaram a negativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao solicitarem o auxílio-doença. O pente-fino realizado entre julho e dezembro de 2024 cortou 52% dos benefícios revisados, gerando uma economia de R$ 2,4 bilhões aos cofres públicos.

Embora a revisão tenha como objetivo combater fraudes e garantir a correta distribuição dos recursos, muitos segurados relatam dificuldades para obter ou manter o benefício, mesmo estando incapacitados para o trabalho.

O auxílio-doença é um direito previdenciário destinado a trabalhadores que, por motivo de doença ou acidente, ficam temporariamente impossibilitados de exercer sua atividade laboral. No entanto, o processo de concessão pode ser burocrático e, muitas vezes, resultar em indeferimentos. A grande questão é: por que o benefício é negado, como evitar e o que fazer quando o INSS não autoriza o pagamento?“, diz Caroline Alves, Head de Planejamento da DS Beline.

O INSS pode negar o pedido de auxílio-doença por diversos motivos, sendo os mais comuns:

  • Falta de qualidade de segurado – ocorre quando o trabalhador perde o direito ao benefício por não estar com as contribuições em dia;
  • Carência insuficiente – é necessário ter contribuído por pelo menos 12 meses para ter direito ao auxílio;
  • Documentação médica incompleta ou divergente – fator recorrente que leva à negativa;
  • Divergências entre o médico do segurado e o perito do INSS;
  • Identificação de condições que o INSS não considera incapacitantes para o trabalho.

Diante da negativa, cada caso deve ser avaliado individualmente. Em algumas situações, é possível reverter a decisão mediante apresentação de documentação complementar, mas existem casos em que a negativa se dá por motivos não passíveis de revisão, como a falta da qualidade de segurado ou carência insuficiente. Nessas situações, a viabilidade de um recurso é limitada.

Além disso, quando o INSS nega o benefício e o trabalhador ainda não tem condições de retornar ao trabalho, surge o chamado “limbo previdenciário”. Nesses casos, pode haver uma disputa entre a empresa e o INSS sobre quem deve arcar com o salário do empregado, deixando-o desamparado“, relata Caroline Alves.

Muitas pessoas afastadas do trabalho devido a doenças ou acidentes dependem do benefício, e a demora ou negativa do INSS pode levar ao endividamento, à perda da estabilidade econômica e até mesmo a dificuldades para arcar com tratamentos médicos essenciais. Isso impacta diretamente a vida financeira e emocional dos trabalhadores.

Em algumas situações, a reabilitação profissional pode ser uma solução viável. Essa medida permite que o trabalhador seja treinado para exercer uma nova função dentro de suas condições de saúde. Empregadores e segurados devem estar atentos a essa possibilidade para evitar rompimentos de contrato e prejuízos financeiros.

O pente-fino realizado pelo INSS tem como objetivo garantir que os benefícios sejam concedidos a quem realmente tem direito, evitando fraudes e assegurando a sustentabilidade da Previdência Social. No entanto, essa revisão também pode afetar segurados que, de fato, possuem o direito ao benefício, tornando essencial que todos estejam bem informados e preparados para enfrentar eventuais indeferimentos.

A análise correta da negativa e a reunião adequada da documentação fazem diferença no processo. Para isso, buscar orientação especializada é a melhor alternativa para aumentar as chances de concessão dos benefícios, reverter a decisão e assegurar a proteção previdenciária garantida por lei.

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Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: entenda as diferenças e requisitos para cada benefício do INSS https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/auxilio-doenca-e-aposentadoria-por-invalidez-entenda-as-diferencas-e-requisitos-para-cada-beneficio-do-inss/ Mon, 31 Mar 2025 01:10:42 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=1824 A distinção entre auxílio-doença e aposentadoria por invalidez frequentemente gera dúvidas entre os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ambos são benefícios previdenciários destinados a trabalhadores incapacitados, mas suas características e condições de acesso são distintas.

Enquanto o auxílio-doença, atualmente denominado benefício por incapacidade temporária, é concedido para afastamentos temporários do trabalho, a aposentadoria por invalidez, ou aposentadoria por incapacidade permanente (após a Reforma da Previdência de 2019), destina-se a segurados sem perspectiva de retorno ao mercado de trabalho. Entenda as novas regras do INSS para quem tem 40, 50 e 60 anos.

O que define o auxílio-doença?

O auxílio-doença é destinado a trabalhadores que enfrentam uma incapacidade temporária para suas atividades habituais, motivada por doença ou acidente. Para ter direito ao benefício, o segurado deve estar contribuindo para o INSS no momento da incapacidade e ter completado o período de carência de 12 meses de contribuições. Empregados com carteira assinada têm os primeiros 15 dias de afastamento pagos pelo empregador, e a partir do 16º dia o INSS assume a responsabilidade pelo pagamento.

A duração do auxílio-doença é definida pela perícia médica do INSS e pode ser prorrogada caso a recuperação não ocorra no período estipulado.

Requisitos para a aposentadoria por invalidez

A aposentadoria por invalidez é destinada a quem apresenta uma incapacidade total e permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação para outra função. Assim como no auxílio-doença, exige qualidade de segurado e o cumprimento da carência de 12 contribuições, com exceções para casos de acidente ou doenças graves previstas em lei.

Após a Reforma da Previdência, o cálculo do valor da aposentadoria por invalidez corresponde a 60% da média dos salários de contribuição, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceda 20 anos para homens e 15 anos para mulheres. Em casos de incapacidade por acidente de trabalho, o valor corresponde a 100% da média. A Justiça Federal libera R$ 2,3 bilhões para pagamento de atrasados do INSS a segurados vencedores de ações judiciais.

Principais diferenças na prática

A principal distinção entre os benefícios reside na natureza da incapacidade: temporária no auxílio-doença e permanente na aposentadoria por invalidez. Isso impacta o vínculo empregatício, os prazos de recebimento e as revisões periódicas.

  • Natureza da incapacidade: Temporária no auxílio-doença; total e permanente na aposentadoria por invalidez.
  • Vínculo empregatício: Mantido como afastado no auxílio-doença; encerrado na aposentadoria por invalidez.
  • Revisões: Auxílio-doença pode exigir perícias frequentes; aposentadoria por invalidez é reavaliada a cada dois anos, exceto em casos específicos. INSS convoca 800 mil beneficiários para revisão de auxílio-doença e BPC em 2025.
  • Cálculo do valor: Auxílio-doença usa a média dos salários; aposentadoria por invalidez segue regras pós-reforma, com variação por tempo de contribuição.
  • Conversão: O auxílio-doença pode se transformar em aposentadoria por invalidez se a incapacidade se tornar permanente.

A perícia médica do INSS é fundamental para determinar o grau de incapacidade e a elegibilidade para cada benefício. O perito avalia laudos, exames e o histórico do segurado para verificar a possibilidade de recuperação e reabilitação profissional.

Casos que dispensam a carência

A legislação prevê exceções que dispensam o cumprimento da carência de 12 meses de contribuição, especialmente em situações graves ou inesperadas. Entre as condições que dispensam a carência estão tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, hepatopatia grave e neoplasia maligna, entre outras.

  • Tuberculose ativa: Doença infecciosa que afeta os pulmões e pode levar a complicações graves.
  • Hanseníase: Condição crônica que compromete pele e nervos, afetando a sensibilidade.
  • Alienação mental: Engloba transtornos como esquizofrenia e depressão severa.
  • Hepatopatia grave: Danos irreversíveis ao fígado, muitas vezes incapacitantes.
  • Acidente de qualquer natureza: Inclui eventos fora do ambiente de trabalho para aposentadoria por invalidez.

Conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez

A conversão do auxílio-doença em aposentadoria por invalidez ocorre quando a perícia médica constata que a incapacidade temporária evoluiu para um estado permanente e irreversível. Para iniciar o pedido, o segurado deve agendar uma perícia pelo Meu INSS, apresentando documentos médicos atualizados que demonstrem a gravidade do quadro. O procedimento segue automatizado em 2025 e dispensa ida ao banco.

O INSS realiza revisões periódicas nos benefícios por incapacidade para garantir que eles continuem sendo pagos apenas a quem realmente precisa. Em 2025, está prevista uma grande operação de revisão, com foco em benefícios por incapacidade permanente, auxílios-doença e pensões por morte.

Cronograma previsto:

  • Janeiro a março: Planejamento e envio de notificações iniciais.
  • Abril a junho: Início das perícias em larga escala.
  • Julho a setembro: Análise de resultados parciais e ajustes.
  • Outubro a dezembro: Finalização e divulgação dos impactos financeiros.

A aposentadoria por invalidez oferece um adicional de 25% para quem necessita de assistência permanente, pago a beneficiários que não conseguem realizar tarefas básicas sem ajuda. Além disso, quem recebe aposentadoria por invalidez tem direito a sacar o saldo do FGTS. Mudanças no BPC ampliam acesso para mais de 5 milhões de brasileiros.

Curiosidades sobre os benefícios por incapacidade

  • A aposentadoria por invalidez não impede revisões: Mesmo sendo permanente, o benefício pode ser suspenso se o segurado voltar a trabalhar.
  • Doenças pré-existentes: Condições diagnosticadas antes da filiação ao INSS não garantem o benefício, salvo em caso de agravamento.
  • Pente-fino histórico: Em 2019, aposentadorias por invalidez e auxílios-doença foram suspensos por irregularidades.
  • Readaptação: O INSS pode negar a aposentadoria por invalidez se houver possibilidade de reabilitação em outra função.
  • Prazo de solicitação: A prorrogação do auxílio-doença deve ser pedida até 15 dias antes do fim do benefício. Governo libera R$ 70 bilhões em benefícios para trabalhadores em 2025; saiba como resgatar.
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INSS convoca 800 mil beneficiários para revisão de auxílio-doença e BPC em 2025 https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/inss-convoca-800-mil-beneficiarios-para-revisao-de-auxilio-doenca-e-bpc-em-2025/ Wed, 26 Mar 2025 19:04:01 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=1502 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) intensificou em 2025 a revisão de benefícios, o chamado pente-fino, para assegurar que apenas os que atendem aos critérios legais continuem recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o auxílio-doença.

A estimativa é que aproximadamente 800 mil aposentadorias e benefícios por incapacidade passem por reavaliação, com o objetivo de identificar possíveis irregularidades ou mudanças nas condições de saúde dos segurados. Essa revisão de 800 mil benefícios por incapacidade em 2025.

Essa medida faz parte da estratégia do governo federal para ajustar a concessão de benefícios sociais e previdenciários, sobretudo após o aumento no número de beneficiários durante a pandemia de covid-19. A revisão, que já vinha sendo realizada, ganha força com o uso de novas tecnologias que permitem cruzamentos de dados mais precisos, como os do Cadastro Único (CadÚnico).

Alvos principais do pente-fino

  • BPC sem CadÚnico: Beneficiários não registrados ou com dados desatualizados há mais de 48 meses.
  • Auxílio-doença prolongado: Segurados recebendo o benefício há mais de dois anos sem perícia médica recente.
  • Aposentadorias por invalidez: Casos que não passaram por reavaliação em um período longo. Entenda os requisitos e valores atualizados para 2025 da Aposentadoria por idade.

As convocações já começaram e podem ser feitas por carta, SMS ou notificações no extrato bancário. Segurados do INSS já podem consultar extrato de pagamentos de 2025 por diversos canais. É crucial que os beneficiários fiquem atentos e sigam as orientações do INSS para evitar a suspensão do pagamento.

O foco da revisão está em grupos específicos onde a probabilidade de irregularidades ou necessidade de atualização é maior. Em 2024, o INSS identificou cerca de 1,2 milhão de beneficiários do BPC com cadastros desatualizados, o que resultou na suspensão temporária de 300 mil benefícios até a regularização. A meta para 2025 é revisar ao menos 70% dos casos pendentes, priorizando a eficiência na alocação dos recursos públicos.

Como funciona o processo de convocação e revisão

Ao receber uma notificação do INSS, o beneficiário deve verificar o canal de comunicação utilizado: carta, SMS ou mensagem no extrato bancário. Em seguida, é necessário acessar o portal Meu INSS, fazer login com CPF e senha, e buscar a opção “Novo requerimento” para agendar a perícia médica. O sistema permite escolher data e horário, além de indicar a agência mais próxima.

No dia da perícia, é fundamental apresentar laudos médicos recentes, exames atualizados e relatórios que comprovem a condição de saúde que justifica o benefício. Para beneficiários do BPC, é exigida a atualização no CadÚnico, que pode ser feita em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O prazo para atender à convocação varia entre 45 e 90 dias, dependendo do tipo de benefício e da situação do segurado.

Em 2024, aproximadamente 15% dos convocados não compareceram dentro do prazo, resultando na suspensão temporária de seus benefícios. O INSS esclarece que prova de vida pode ser feita remotamente e não é obrigatória.

Passos para atender à convocação

  • Acesse o Meu INSS: Faça login e busque “Novo requerimento” para agendar a perícia.
  • Reúna documentos: Leve laudos, exames e relatórios médicos atualizados no dia da perícia.
  • Atualize o CadÚnico: Para beneficiários do BPC, o cadastro no CRAS é obrigatório.

Consequências do não comparecimento e como evitar problemas

Ignorar a convocação do INSS pode levar à suspensão do auxílio-doença ou do BPC. Conheça os principais mitos e verdades sobre o benefício do INSS, o Auxílio-acidente. O prazo para comparecimento varia entre 45 e 90 dias, e o não atendimento resulta na suspensão do benefício. Em 2024, cerca de 200 mil benefícios foram suspensos por falta de resposta às notificações, sendo 60% deles relacionados ao BPC.

Após a suspensão, o beneficiário tem um período adicional para recorrer, mas o processo pode ser demorado. Para evitar problemas, é crucial manter os dados atualizados no sistema do INSS, como endereço e número de telefone, além de monitorar regularmente o portal Meu INSS. Beneficiários do BPC também devem garantir que seu cadastro no CadÚnico esteja em dia. Exames médicos recentes e laudos detalhados aumentam as chances de comprovar a necessidade do benefício durante a perícia.

O pente-fino de 2025 reflete uma preocupação com a sustentabilidade dos programas sociais e previdenciários. Com o aumento no número de beneficiários nos últimos anos, o governo busca equilibrar a concessão de direitos com o controle de gastos. A revisão é vista como uma forma de direcionar os recursos para quem realmente precisa, reduzindo fraudes e irregularidades.

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INSS inicia revisão de 800 mil benefícios por incapacidade em 2025 https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/inss-inicia-revisao-de-800-mil-beneficios-por-incapacidade-em-2025/ Mon, 24 Mar 2025 17:34:58 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=1219 A partir de abril de 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implementará uma revisão abrangente, o chamado “pente-fino”, que afetará aproximadamente 800 mil benefícios por incapacidade em todo o país. A iniciativa visa verificar a regularidade dos pagamentos, incluindo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

O objetivo principal é assegurar que apenas os indivíduos que atendam aos critérios legais continuem a receber os benefícios, corrigindo possíveis irregularidades e otimizando a alocação de recursos. A ação também busca garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário. A revisão, que já ocorreu em anos anteriores, será intensificada com a convocação de um número maior de segurados e a aplicação de medidas mais rigorosas para comprovar as condições de saúde.

Este esforço do INSS reflete a necessidade de equilibrar as finanças públicas, especialmente considerando o aumento no número de beneficiários nos últimos anos. Dados recentes indicam que o Brasil possui mais de 35 milhões de segurados vinculados ao INSS, com uma parcela significativa composta por aposentados e beneficiários de auxílios por incapacidade. A revisão busca identificar casos em que os pagamentos podem estar sendo realizados sem justificativa médica ou documental adequada, além de atualizar cadastros desatualizados que prejudicam a gestão eficiente dos recursos.

A convocação dos segurados será realizada por meio de diversos canais, como cartas enviadas aos endereços registrados, mensagens SMS e avisos nos extratos bancários. Para evitar a suspensão inesperada do benefício, os beneficiários devem estar atentos às comunicações oficiais e seguir as orientações fornecidas pelo INSS. O processo exige agilidade, pois o prazo para responder às notificações varia entre 45 e 90 dias, dependendo do caso.

Alvos da revisão

A revisão de 2025 se concentrará em grupos específicos de beneficiários com maior probabilidade de inconsistências cadastrais ou médicas. Os principais alvos incluem:

  • Segurados do BPC que não atualizaram seus dados no Cadastro Único (CadÚnico) nos últimos 48 meses ou que não estão inscritos no sistema. Este cadastro é essencial para a manutenção do benefício, destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade econômica.
  • Beneficiários que recebem auxílio-doença por mais de dois anos sem passar por perícia médica recente.
  • Aposentados por invalidez, especialmente aqueles que não foram submetidos a exames periódicos nos últimos anos.

Estima-se que milhares de perícias serão agendadas ao longo dos próximos meses, com um cronograma que se estenderá até o final de 2025, dependendo da capacidade operacional das agências.

Também serão verificados os beneficiários que não informaram mudanças em sua condição de saúde ou situação socioeconômica. A falta de atualização pode levar à suspensão temporária ou ao cancelamento definitivo do benefício, caso as exigências não sejam cumpridas no prazo estipulado.

Como atender às exigências do INSS

Ao receber uma notificação do INSS, o segurado deve agir imediatamente. Os passos incluem:

  1. Acessar o portal Meu INSS, disponível no site e no aplicativo, utilizando login e senha pessoais.
  2. Selecionar a opção “Novo requerimento” e buscar por “Agendar perícia médica”.
  3. Escolher data e horário disponíveis e comparecer à agência indicada com a documentação solicitada.

No dia da perícia, é fundamental apresentar laudos médicos, exames recentes e atestados atualizados que comprovem a continuidade da condição que justifica o benefício. Para beneficiários do BPC, é necessário regularizar a situação no CadÚnico em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). A ausência de documentos pode comprometer a análise e resultar em problemas com a manutenção do pagamento.

O INSS recomenda que os segurados mantenham seus dados de contato atualizados no sistema para garantir o recebimento das notificações. Embora o processo tenha sido digitalizado para facilitar o acesso às informações, a perícia presencial continua sendo obrigatória na maioria dos casos. O INSS esclarece que prova de vida pode ser feita remotamente e não é obrigatória em alguns casos, mas é importante verificar as regras específicas.

Cronograma da revisão

O processo de revisão do INSS seguirá o seguinte cronograma:

  • Abril a junho: Início das convocações, com foco em beneficiários do BPC e auxílio-doença de longa duração.
  • Julho a setembro: Ampliação para aposentadorias por invalidez e casos pendentes de anos anteriores.
  • Outubro a dezembro: Finalização das perícias e ajustes nos pagamentos revisados.

Este cronograma está sujeito a alterações, dependendo do volume de respostas dos segurados e da capacidade de atendimento das agências. Os valores revisados começarão a ser pagos a partir de abril, beneficiando aqueles que regularizarem sua situação no início do processo.

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INSS nega auxílio-doença? Saiba como reverter a decisão e garantir seus direitos https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/inss-nega-auxilio-doenca-saiba-como-reverter-a-decisao-e-garantir-seus-direitos/ Mon, 17 Mar 2025 18:22:44 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=911 Milhares de trabalhadores brasileiros enfrentam um cenário frustrante: após ficarem afastados do serviço por mais de 15 dias devido a problemas de saúde, têm o auxílio-doença, agora denominado benefício por incapacidade temporária, negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Diante da impossibilidade de retornar ao trabalho e sem o suporte financeiro esperado, muitos se perguntam: o que fazer?

Essa situação, que afeta inúmeros cidadãos, expõe uma realidade onde a recusa de benefícios previdenciários gera incertezas e desafios. Em 2024, uma análise minuciosa do INSS revisou 684 mil auxílios-doença, resultando no corte de 52% deles, o que demonstra o rigor nas avaliações e a importância de conhecer os meios para contestar decisões desfavoráveis. Este tema ganha ainda mais relevância com a proximidade de novas revisões anunciadas para aposentadorias por invalidez.

O benefício por incapacidade temporária é um direito assegurado aos contribuintes do INSS que estão temporariamente impossibilitados de trabalhar devido a doença ou acidente. Para obtê-lo, é necessário cumprir alguns requisitos, como a qualidade de segurado, um período mínimo de 12 meses de contribuição e a comprovação médica da incapacidade. No entanto, quando o pedido é negado, seja por falhas na documentação ou por interpretação do perito, o segurado possui alternativas administrativas e judiciais para reverter o resultado, incluindo a possibilidade de receber valores retroativos.

Com a alta demanda por perícias – cerca de 595 mil revisões somente no segundo semestre de 2024 – e as frequentes reclamações sobre a condução das avaliações, é fundamental compreender os motivos da negativa e os passos a serem seguidos. A decisão do INSS não é definitiva, e o segurado pode buscar seus direitos através de estratégias bem definidas, evitando o risco de agravar sua saúde ou de cair no chamado limbo previdenciário. Em casos de auxílio por acidente, vale a pena conferir quem tem direito, como solicitar e o Auxílio-acidente do INSS.

Entenda os motivos da negativa do Auxílio-Doença

O indeferimento do auxílio-doença ocorre quando o INSS conclui que o segurado não preenche um ou mais critérios estabelecidos. As razões mais comuns incluem a falta de qualidade de segurado, carência insuficiente, ausência de incapacidade laboral comprovada ou problemas com a documentação. Em 2025, com o teto dos benefícios ajustado para R$ 8.157,41, a análise criteriosa continua sendo um obstáculo para muitos.

A falta de qualidade de segurado se manifesta quando o trabalhador interrompe suas contribuições e ultrapassa o período de graça, que varia de 12 a 36 meses, dependendo da situação. A carência, que exige um mínimo de 12 contribuições mensais, é outro ponto crítico, embora algumas doenças graves, como AIDS e neoplasia maligna, sejam isentas dessa exigência, conforme a Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2998/2001.

A ausência de comprovação da incapacidade temporária é um dos maiores obstáculos. Muitos segurados relatam que, durante a perícia médica, os peritos não analisam detalhadamente os laudos ou realizam avaliações rápidas, negligenciando a gravidade da condição. Em 2024, 54% dos auxílios revisados foram suspensos por esse motivo, evidenciando a subjetividade das análises. Além disso, documentos médicos desatualizados ou incompletos, sem o Código Internacional de Doenças (CID) ou a assinatura do profissional, frequentemente justificam o indeferimento.

É crucial estar atento para não cair em golpes. Leia mais em Golpes contra segurados do INSS disparam em 2025; saiba como se proteger.

O que significa ter o benefício indeferido

Quando o INSS nega o auxílio-doença, o segurado fica privado do suporte financeiro esperado, mesmo estando incapacitado para o trabalho. Isso não significa que o direito foi perdido definitivamente, mas sim que o instituto considerou que os requisitos não foram cumpridos na análise inicial. A comunicação da decisão é feita por carta, através do portal Meu INSS ou pelo telefone 135, embora os prazos para divulgação nem sempre sejam respeitados.

A negativa pode ter sérias consequências, como o retorno forçado ao trabalho ou a não aceitação pelo empregador, configurando o limbo previdenciário. Em 2025, com 40,6 milhões de benefícios pagos mensalmente, o volume de pedidos indeferidos continua alto, exigindo uma resposta proativa dos segurados.

Passos para contestar a negativa do INSS

Recorrer de um indeferimento do auxílio-doença é um direito do segurado, e existem três caminhos principais: recurso administrativo, ação judicial ou um novo pedido. A escolha depende do motivo da negativa e da urgência do caso.

O recurso ao INSS deve ser apresentado em até 30 dias após a notificação, com agendamento pelo Meu INSS ou pelo telefone 135. A ação judicial, mais complexa, permite uma perícia especializada e pode garantir o pagamento de valores retroativos desde a data do pedido inicial. Um novo pedido, por sua vez, exige a correção das falhas anteriores, mas reinicia o tempo de espera. Para evitar negativas futuras, veja cinco motivos comuns de negativas em 2025 e como evitá-los.

Opções detalhadas para reverter o indeferimento

Apresentar um recurso administrativo é a primeira alternativa. O pedido é encaminhado à Junta de Recursos da Previdência Social, onde novos documentos médicos podem ser anexados para fortalecer o caso. No entanto, o processo pode ser lento devido à alta demanda, com a previsão de atrasos ainda maiores devido à revisão de 800 mil aposentadorias por invalidez.

Ingressar com uma ação judicial oferece vantagens, como a imparcialidade do juiz e a possibilidade de uma perícia com um especialista na doença do segurado. Ações desse tipo ganharam agilidade com a implementação de processos eletrônicos, beneficiando aqueles que buscam rapidez e o recebimento de valores atrasados. Por fim, um novo pedido ao INSS pode ser eficaz se o problema for documental, mas o pagamento só será efetuado a partir da nova solicitação.

Muitos segurados, após a negativa, retornam ao trabalho mesmo com limitações, o que pode agravar sua saúde. Essa decisão pode levar ao limbo previdenciário, situação em que o INSS nega o benefício e a empresa não permite o retorno do empregado por falta de liberação médica. Casos assim têm se tornado mais comuns, especialmente após análises que resultaram na suspensão de diversos auxílios-doença, deixando trabalhadores desamparados. Entenda sobre estabilidade no emprego e auxílio-doença: O que você precisa saber em 2025.

Dicas práticas para garantir seu direito

Aumentar as chances de reverter um indeferimento exige preparação. Algumas medidas essenciais incluem:

  • Reunir laudos médicos atualizados, com o CID, o CRM do médico e uma descrição clara da incapacidade.
  • Verificar sua qualidade de segurado e o período de carência no extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), disponível no Meu INSS.
  • Consultar um advogado previdenciário para avaliar o caso e escolher a melhor estratégia, seja administrativa ou judicial.

É importante lembrar que segurados que venceram ações judiciais receberam valores atrasados corrigidos, demonstrando que persistir pode valer a pena.

Cronograma para agir após a negativa

Planejar os próximos passos é fundamental. Um guia básico para 2025 inclui:

  • Até 30 dias após a notificação: Apresentar o recurso ao INSS ou iniciar uma ação judicial.
  • Janeiro a março: Preparar a documentação e consultar um especialista antes das revisões programadas.
  • Durante todo o ano: Monitorar o Meu INSS para evitar atrasos na resposta.

Agir rapidamente evita perdas e garante o direito aos valores retroativos, caso o benefício seja concedido.

Embora não seja obrigatório, contratar um advogado previdenciário pode fazer a diferença. Com o INSS planejando revisar um grande número de aposentadorias por invalidez, a expertise jurídica pode ser crucial. Esses profissionais analisam o CNIS, identificam falhas na perícia e orientam sobre a melhor estratégia, seja administrativa ou judicial, aumentando as chances de sucesso. Saiba como escolher um bom advogado especialista e evitar ciladas.

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Estabilidade no emprego e auxílio-doença: O que você precisa saber em 2025 https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/estabilidade-no-emprego-e-auxilio-doenca-o-que-voce-precisa-saber-em-2025/ Fri, 14 Mar 2025 01:08:37 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=752 O auxílio-doença, agora chamado de benefício por incapacidade temporária, é um direito garantido pelo INSS aos trabalhadores que necessitam se afastar do trabalho por motivos de saúde. Uma dúvida comum é se o recebimento desse auxílio garante estabilidade no emprego após o retorno. A resposta varia conforme o tipo de benefício e as circunstâncias do afastamento. É importante entender também as novas regras do auxílio-doença em 2025, que podem impactar os segurados.

A legislação brasileira protege o empregado em algumas situações, mas nem todos os casos de auxílio-doença garantem essa segurança. Enquanto o auxílio-doença acidentário assegura 12 meses de estabilidade, o auxílio-doença previdenciário comum não oferece essa garantia automaticamente. Para entender melhor, é crucial entender as diferenças entre auxílio-doença e auxílio-acidente do INSS.

O que define a estabilidade no auxílio-doença?

A estabilidade no emprego após o auxílio-doença é um direito limitado a casos específicos, protegendo o trabalhador que se afastou por problemas de saúde relacionados ao trabalho. O artigo 118 da Lei 8.213/91 garante 12 meses de proteção contra demissões sem justa causa após a alta médica, mas apenas para auxílio-doença acidentário.

Se a incapacidade não estiver relacionada ao trabalho, a estabilidade não é garantida pela legislação federal, podendo depender de acordos coletivos. A estabilidade equilibra a relação entre empregado e empregador, oferecendo segurança ao trabalhador e exigindo comprovação da relação entre o afastamento e o trabalho.

Auxílio-doença acidentário versus previdenciário: entenda as diferenças

A distinção entre os tipos de auxílio-doença é crucial para determinar o direito à estabilidade. O auxílio-doença acidentário é concedido em casos de acidente de trabalho, doença ocupacional ou problemas de saúde agravados pelas condições de trabalho. O auxílio-doença previdenciário, identificado pelo código B-31, é para casos sem ligação direta com as atividades profissionais.

O auxílio-doença acidentário cobre acidentes no trajeto casa-trabalho, lesões por esforço repetitivo (LER/DORT) e transtornos psicológicos como burnout, se relacionados ao trabalho. Nesses casos, o trabalhador tem 12 meses de estabilidade após o retorno. O auxílio-doença previdenciário, para doenças comuns, não oferece essa garantia.

A classificação correta do motivo do afastamento pelo INSS é fundamental, pois um erro pode custar direitos importantes ao trabalhador.

Quais são os requisitos para garantir a estabilidade?

Para assegurar os 12 meses de estabilidade, o afastamento por auxílio-doença acidentário deve superar 15 dias consecutivos. Além disso, deve haver reconhecimento formal de que o afastamento decorre de acidente de trabalho ou doença ocupacional.

É essencial comprovar o nexo causal entre o trabalho e a incapacidade, apresentando laudos médicos e relatórios de perícia do INSS. Trabalhadores com contratos temporários também podem ter direito à estabilidade, conforme a Súmula 378 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). No entanto, esse direito pode ser suspenso em casos de demissão por justa causa, fechamento da empresa ou término natural do contrato.

Quanto tempo dura a proteção no emprego?

A estabilidade para quem recebe auxílio-doença acidentário dura 12 meses, a partir da alta médica e retorno ao trabalho. Esse período visa readaptar o empregado às suas funções, especialmente em casos de lesões ou doenças que deixam sequelas. Convenções coletivas de trabalho podem estender esse prazo, dependendo da categoria profissional.

O período de estabilidade não inclui o tempo de afastamento, começando apenas após o fim do benefício.

A empresa pode demitir durante a estabilidade?

Durante os 12 meses de estabilidade, a empresa não pode demitir o trabalhador sem justa causa, que exige comprovação de faltas graves previstas no artigo 482 da CLT. Caso contrário, a demissão pode ser considerada ilegal, dando ao empregado o direito de buscar reparação na Justiça do Trabalho.

A empresa pode ser obrigada a pagar indenizações ou reintegrar o funcionário ao cargo. Para evitar abusos, o trabalhador deve estar atento aos seus direitos e agir rapidamente em caso de violação.

Passo a passo para proteger seus direitos trabalhistas

Para garantir os direitos relacionados ao auxílio-doença, siga estas dicas:

  • Documente tudo: Guarde atestados médicos, laudos periciais e comunicações com o INSS e a empresa.
  • Comunique formalmente: Informe a empresa por escrito sobre o afastamento, incluindo datas e motivos.
  • Consulte um especialista: Procure um advogado trabalhista em caso de dúvidas ou descumprimento dos direitos.

Principais dúvidas sobre estabilidade respondidas

  • A estabilidade vale para contratos temporários? Sim, desde que o afastamento seja por acidente de trabalho e supere 15 dias.
  • Posso ser demitido por justa causa durante a estabilidade? Sim, mas a empresa precisa provar a falta grave com evidências claras.
  • E se minha doença não for relacionada ao trabalho? Não há estabilidade garantida, a menos que um acordo coletivo preveja isso.

Prazos e regras do INSS que você precisa conhecer

O empregador paga os primeiros 15 dias de afastamento, e o INSS assume o benefício a partir do 16º dia, desde que o trabalhador tenha contribuído por pelo menos 12 meses (carência mínima, exceto em casos de acidente). O pedido deve ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, com agendamento de perícia médica para comprovar a incapacidade.

Trabalhadores que discordam da decisão do INSS podem entrar com recurso administrativo em até 30 dias, prazo crucial para corrigir erros que afetam a estabilidade no emprego.

Como evitar a negativa de benefícios no INSS em 2025: qualidade de segurado, período de graça e carência

A busca por benefícios previdenciários no Brasil tem aumentado, mas muitos pedidos são negados por falta de informação. Em 2024, o INSS recebeu mais de 5 milhões de requerimentos, com cerca de 40% sendo indeferidos devido à perda da qualidade de segurado, fim do período de graça e não comprovação da carência mínima.

É essencial entender esses critérios para garantir a aprovação de um benefício. A qualidade de segurado mantém o vínculo ativo com o INSS, o período de graça oferece proteção temporária sem contribuições, e a carência exige pagamentos mínimos. A perda de qualquer um desses elementos pode resultar em negativas inesperadas. Acompanhar as notícias sobre o INSS e a revisão de benefícios é uma forma de se manter atualizado.

O que define a qualidade de segurado e por que ela é essencial

A qualidade de segurado é fundamental para acessar benefícios do INSS, confirmando o direito a solicitar auxílios como aposentadoria por idade, auxílio-doença ou pensão por morte. Esse vínculo é mantido enquanto o trabalhador contribui regularmente, seja por meio de carteira assinada, como autônomo, Microempreendedor Individual (MEI) ou segurado facultativo.

Empregados com carteira assinada têm as contribuições descontadas automaticamente, enquanto autônomos e facultativos precisam emitir guias de pagamento. Enquanto esse vínculo está ativo, o INSS reconhece o direito do segurado a todos os benefícios, desde que outros critérios, como carência, sejam cumpridos.

A interrupção das contribuições não causa perda imediata desse status, devido ao período de graça, que mantém a qualidade de segurado por um tempo mesmo sem novos pagamentos.

Período de graça: o prazo que protege seus direitos

O período de graça é o intervalo em que o segurado mantém seus direitos previdenciários sem contribuir, funcionando como uma “reserva” para quem perdeu o emprego ou enfrenta dificuldades financeiras. Esse tempo pode variar entre 6 meses e 3 anos, dependendo do histórico de contribuições e da situação do trabalhador.

Para a maioria, o período de graça dura 12 meses após a última contribuição. Quem já pagou pelo menos 120 parcelas (10 anos) tem esse prazo estendido para 24 meses. Aqueles que comprovam desemprego involuntário podem chegar a 36 meses de proteção.

Carência: o número mínimo de contribuições exigidas

A carência é outro pilar que define o acesso aos benefícios, representando o número mínimo de contribuições mensais para ter direito a auxílios específicos. Cada benefício tem sua própria exigência, e não atingir esse patamar é um dos principais motivos de negativas no INSS.

Para auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, são necessárias 12 contribuições. A aposentadoria por idade e por tempo de contribuição exige 180 parcelas. O salário-maternidade, para contribuintes individuais e facultativas, requer 10 contribuições, enquanto o auxílio-reclusão, para quem começou a contribuir após junho de 2019, demanda 24 pagamentos.

A perda da qualidade de segurado afeta a carência, exigindo que o segurado recomece os pagamentos e cumpra novamente parte ou a totalidade das contribuições exigidas.

Como recuperar a qualidade de segurado e garantir benefícios

O INSS permite que o trabalhador recupere a qualidade de segurado ao retomar as contribuições. Basta uma nova contribuição para reativar a qualidade de segurado em casos como pensão por morte ou salário-maternidade para empregadas CLT, que não exigem carência. Para auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, é preciso pagar metade da carência original: 6 contribuições ao invés de 12. Se você tem TDAH, é importante saber sobre a aposentadoria por TDAH e como solicitar os benefícios do INSS.

Muitos pedidos no INSS são rejeitados por falhas como a falta de contribuições regulares, que leva à perda da qualidade de segurado. Outro problema frequente é não atingir a carência mínima. Acompanhe seu histórico de contribuições no portal Meu INSS, guarde holerites e comprovantes de pagamento, e saiba os prazos do período de graça conforme sua situação.

Calendário de carência para os principais benefícios

  • Auxílio-doença: 12 meses (isento em acidentes de trabalho ou doenças graves).
  • Aposentadoria por idade: 180 meses (15 anos).
  • Salário-maternidade (autônomas e facultativas): 10 meses.
  • Auxílio-reclusão: 24 meses (para contribuições iniciadas após 18/06/2019).
  • Pensão por morte: sem carência para dependentes de empregados CLT.

Quando a qualidade de segurado é perdida, os reflexos são imediatos, como a perda do direito a auxílio-doença ou pensão por morte. Em 2024, o INSS registrou aumento nos pedidos de revisão de benefícios negados, muitos ligados à falta de compreensão sobre esses critérios.

Alternativas para segurados em situações especiais

Desempregados podem apresentar documentos como o registro na carteira de trabalho ou recibos de seguro-desemprego para estender o período de graça até 36 meses. Segurados facultativos podem optar por planos de contribuição mais baixos, a partir de 5% do salário mínimo, para manter o vínculo ativo com o INSS.

Benefícios sem carência em casos especiais:

  • Acidentes de trabalho.
  • Doenças graves previstas em portaria do INSS.
  • Salário-maternidade para empregadas CLT.
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Aposentadoria por TDAH: como solicitar benefícios do INSS em 2025 https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/aposentadoria-por-tdah-como-solicitar-beneficios-do-inss-em-2025/ Thu, 13 Mar 2025 18:08:25 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=726 Estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros adultos convivam com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Essa condição, caracterizada por dificuldades de concentração, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade, pode impactar significativamente a vida profissional. Muitos se perguntam se é possível obter aposentadoria ou outros benefícios do INSS devido ao TDAH. A resposta depende da gravidade dos sintomas e do impacto na capacidade de trabalho, sendo cada caso analisado individualmente pelo INSS.

Embora o diagnóstico de TDAH não garanta automaticamente o acesso a benefícios, o sistema previdenciário brasileiro oferece opções para quem enfrenta limitações decorrentes do transtorno. Entre elas, estão o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS).

O aumento do reconhecimento do TDAH como uma condição que gera barreiras significativas impulsionou o debate sobre direitos previdenciários. Em 2024, houve um aumento de 15% nos pedidos de benefícios relacionados a transtornos neuropsicológicos no INSS, demonstrando a crescente demanda por suporte.

Entendendo o TDAH e seus impactos no trabalho

O TDAH, geralmente diagnosticado na infância, afeta cerca de 4% da população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde. Os principais sintomas – desatenção, hiperatividade e impulsividade – manifestam-se de maneiras distintas em cada indivíduo, gerando barreiras no ambiente profissional, especialmente em ocupações que exigem disciplina ou atenção prolongada.

No mercado de trabalho, os desafios incluem esquecimento de compromissos, erros por falta de atenção e, em funções como motorista ou operador de máquinas, riscos à segurança devido à impulsividade. Embora tratamentos como psicoterapia e medicamentos ajudem a controlar os sintomas, há casos em que as limitações persistem, comprometendo a empregabilidade. O INSS avalia se o transtorno justifica a concessão de benefícios, considerando não apenas o diagnóstico, mas o grau de incapacidade que ele provoca, comprovado por laudos médicos detalhados e avaliações psicológicas.

Benefícios do INSS para quem tem TDAH

Diversas opções de benefícios previdenciários podem ser solicitadas por quem tem TDAH, dependendo do impacto do transtorno. O auxílio-doença é voltado para incapacidades temporárias, enquanto a aposentadoria por invalidez é reservada a casos permanentes. Há ainda a aposentadoria para Pessoas com Deficiência (PCD) e o BPC/LOAS, que atendem a situações específicas de limitação ou vulnerabilidade social.

  • Auxílio-doença: Concedido quando o TDAH impede o trabalho por um período determinado. Novas regras do auxílio-doença em 2025 impactam segurados.
  • Aposentadoria por invalidez: Exige que a incapacidade seja total e definitiva, sem possibilidade de reabilitação para outra função.
  • Aposentadoria PCD: Considera o TDAH como uma deficiência, oferecendo condições mais flexíveis para quem consegue trabalhar, mas com limitações.
  • BPC/LOAS: Alternativa assistencial para quem não contribuiu o suficiente ao INSS, mas enfrenta barreiras significativas.

Auxílio-doença para TDAH: Incapacidade Temporária

O auxílio-doença é destinado a segurados temporariamente incapacitados. Para obtê-lo, é preciso ter qualidade de segurado, cumprir carência de 12 meses de contribuição e comprovar que o transtorno impede o trabalho, mesmo com tratamento. Em 2024, cerca de 8 mil pedidos de auxílio-doença relacionados a transtornos mentais foram aprovados no Brasil, um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

A solicitação exige laudos médicos que detalhem os sintomas e seus efeitos no desempenho laboral. O benefício é calculado com base em 91% da média dos salários de contribuição desde julho de 1994, limitado aos últimos 12 meses, e o valor varia conforme o histórico previdenciário do segurado. O afastamento é temporário, e o INSS pode reavaliar o caso periodicamente para verificar se a incapacidade persiste. É importante ficar atento, pois o INSS alerta para ações que podem bloquear benefícios em 2025.

Aposentadoria por Invalidez: TDAH Permanente

Casos mais graves de TDAH podem levar à aposentadoria por invalidez, um benefício para quem não consegue exercer nenhuma atividade profissional de forma definitiva. Assim como no auxílio-doença, é necessário ter qualidade de segurado e carência de 12 contribuições. A diferença está na comprovação da incapacidade total e permanente, o que exige um conjunto robusto de provas médicas e psicológicas.

A análise do INSS é rigorosa. O valor do benefício parte de 60% da média dos salários de contribuição, com acréscimo de 2% por ano contribuído acima de 20 anos para homens ou 15 anos para mulheres. Dados recentes mostram que menos de 5% dos pedidos relacionados a TDAH resultam nesse tipo de aposentadoria, devido à dificuldade de provar a incapacidade permanente.

TDAH como Deficiência: Aposentadoria PCD

O reconhecimento do TDAH como deficiência pode abrir portas para a aposentadoria da Pessoa com Deficiência (PCD), que oferece vantagens como menor tempo de contribuição ou aposentadoria por idade antecipada. O INSS realiza uma avaliação biopsicossocial para classificar o transtorno como deficiência leve, moderada ou grave, analisando seu impacto na vida profissional e social.

Os requisitos variam: para aposentadoria por tempo de contribuição, são necessários 25 anos (homens) ou 20 anos (mulheres) em caso de deficiência grave, 29 anos (homens) ou 24 anos (mulheres) para moderada, e 33 anos (homens) ou 28 anos (mulheres) para leve. Já por idade, exige-se 60 anos para homens ou 55 anos para mulheres, com pelo menos 15 anos de contribuição e deficiência. Em 2024, o INSS ampliou o número de perícias para enquadramento como PCD.

BPC/LOAS: Apoio para quem não contribuiu

O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é uma alternativa para quem tem TDAH e não possui contribuições suficientes ao INSS. Voltado a pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos em situação de vulnerabilidade, o benefício exige renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo. Para menores de 65 anos, o TDAH deve ser reconhecido como deficiência por meio de avaliação biopsicossocial, comprovando barreiras de longo prazo que afetem a participação social.

O valor do BPC/LOAS é fixo em um salário mínimo (R$ 1.518,00 em 2025). Em 2023, cerca de 4,8 milhões de brasileiros recebiam o BPC, com um crescimento de pedidos relacionados a condições como o TDAH.

Como Comprovar o TDAH no INSS

Solicitar benefícios relacionados ao TDAH exige organização e documentação sólida. O processo começa com a coleta de evidências que demonstrem o impacto do transtorno na capacidade de trabalho ou na vida diária. Isso inclui laudos de psiquiatras e neurologistas, relatórios psicológicos, receitas de medicamentos e exames neuropsicológicos.

Após reunir as provas, o pedido é feito pelo sistema Meu INSS, seguido de agendamento de perícia médica. Durante a avaliação, o perito analisa os documentos e o estado atual do segurado, podendo solicitar informações adicionais. Em casos de BPC/LOAS ou aposentadoria PCD, uma avaliação social também é realizada para verificar a renda e o contexto de vida. Aproximadamente 60% dos pedidos iniciais são negados por falta de documentação adequada, o que reforça a importância de um preparo minucioso.

Documentos Essenciais para o Processo

Reunir a documentação correta é crucial para o sucesso do pedido. Veja os principais itens necessários:

  • Laudos médicos atualizados, assinados por especialistas como psiquiatras ou neurologistas, com detalhes sobre diagnóstico e sintomas.
  • Relatórios psicológicos que descrevam dificuldades cognitivas e comportamentais.
  • Comprovantes de tratamento, como receitas médicas e prontuários.
  • Exames complementares, como testes neuropsicológicos, que reforcem o quadro clínico.

Cronograma de Pagamentos do INSS em 2025

O calendário de pagamentos do INSS segue um cronograma anual, e quem tem TDAH aprovado para algum benefício deve ficar atento às datas. Em 2025, os depósitos ocorrem conforme o número final do benefício, sem o dígito verificador.

  • Pagamentos de até um salário mínimo começam no dia 24 de janeiro para finais 1 e 2.
  • Benefícios acima do mínimo iniciam em 3 de fevereiro para os mesmos finais.
  • O calendário segue até dezembro, com ajustes para feriados e fins de semana.

Os valores são corrigidos anualmente pelo salário mínimo, impactando diretamente o BPC/LOAS e outros benefícios indexados.

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INSS: novas regras do auxílio-doença em 2025 impactam segurados; veja como ficam os valores https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/inss-novas-regras-do-auxilio-doenca-em-2025-impactam-segurados-veja-como-ficam-os-valores/ Wed, 12 Mar 2025 12:32:37 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=633 O auxílio-doença, agora chamado de benefício por incapacidade temporária, passou por mudanças significativas em 2025, com a atualização das regras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O reajuste do salário mínimo para R$ 1.518,00, ocorrido no início do ano, elevou o valor mínimo do benefício, impactando milhões de segurados. O teto do INSS também foi ajustado para R$ 8.157,41, refletindo uma correção de 4,77% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024.

Com mais de 40 milhões de beneficiários no INSS, o calendário de pagamentos de 2025 já está em vigor. Os depósitos do auxílio-doença tiveram início em 27 de janeiro para quem recebe o piso e em 3 de fevereiro para os demais.

Quem tem direito ao auxílio-doença?

O benefício é destinado aos segurados do INSS impossibilitados de trabalhar por mais de 15 dias consecutivos devido a problemas de saúde. Empregados com carteira assinada, autônomos, microempreendedores individuais (MEI), trabalhadores rurais e segurados facultativos podem solicitá-lo, desde que atendam às condições específicas.

A carência mínima é de 12 contribuições mensais, dispensada em casos de acidentes de trabalho e doenças graves. Para comprovar a incapacidade, o segurado deve passar por perícia médica, que pode ser presencial ou por análise documental. Desde 2023, o programa Atestmed permite anexar laudos e exames no portal Meu INSS, agilizando a concessão. É importante entender as diferenças entre auxílio-doença e auxílio-acidente do INSS.

Como os valores são calculados?

O cálculo do auxílio-doença envolve uma fórmula ajustada após a Reforma da Previdência de 2019, atualizada anualmente com base no salário mínimo e no teto do INSS. O processo começa com a média aritmética simples de todas as contribuições desde julho de 1994. Sobre esse valor, aplica-se um percentual de 91%, resultando no salário de benefício base. O valor não pode ser inferior a R$ 1.518,00 nem superior a R$ 8.157,41.

Por exemplo, um trabalhador com média de contribuições de R$ 3.000,00 terá o cálculo da seguinte forma: 91% de R$ 3.000,00 equivale a R$ 2.730,00. Para segurados com histórico de contribuições mínimas, o valor será de R$ 1.518,00.

Passo a passo para solicitar o benefício

A solicitação do auxílio-doença em 2025 pode ser feita online pelo Meu INSS. O segurado deve acessar o site ou aplicativo, fazer login com a conta Gov.br e seguir o procedimento. A opção “Pedir Benefício por Incapacidade” permite anexar documentos médicos ou agendar uma avaliação presencial. Para quem busca informações sobre outros benefícios, como o Auxílio-Maternidade, também é possível solicitar pelo celular em poucos passos.

Os documentos exigidos para análise são:

  • Data de emissão não superior a 90 dias antes do requerimento.
  • Diagnóstico por extenso ou código da CID (Classificação Internacional de Doenças).
  • Assinatura do médico, que pode ser eletrônica, com registro no conselho de classe.
  • Prazo estimado de afastamento, até 180 dias.

Após o envio, o acompanhamento é feito na aba “Consultar Pedidos”, e dúvidas podem ser resolvidas pelo telefone 135.

Mudanças recentes nas regras do INSS

As atualizações de 2025 trouxeram ajustes significativos ao auxílio-doença. O aumento do salário mínimo para R$ 1.518,00 foi acompanhado pela correção de 4,77% no teto, alinhada ao INPC. Além disso, a prorrogação automática do benefício foi regulamentada para casos em que o tempo de espera por perícia supera 30 dias.

O programa Atestmed, agora consolidado, permite concessões sem perícia presencial em até 180 dias, desde que os documentos atendam aos critérios. Outro ponto relevante é o pente-fino iniciado neste ano, que revisou benefícios e cortou 52% dos auxílios-doença analisados até março. O INSS prorrogou a revisão de benefícios por incapacidade e pensões por morte até dezembro de 2025.

Calendário de pagamentos em 2025

O INSS divulgou o calendário de pagamentos para 2025, organizando os depósitos pelo número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito verificador. Para quem recebe o salário mínimo, os pagamentos ocorrem entre os dias 27 de cada mês e o 7º dia útil do mês seguinte. Já os valores acima do mínimo são pagos entre os dias 3 e 7 de cada mês.

Confira as datas de janeiro:

  • Final 1: 27 de janeiro (mínimo) / 3 de fevereiro (acima do mínimo).
  • Final 5: 31 de janeiro (mínimo) / 5 de fevereiro (acima do mínimo).
  • Final 0: 7 de fevereiro (mínimo) / 7 de fevereiro (acima do mínimo).

Benefícios e direitos trabalhistas

Receber o auxílio-doença garante mais do que uma renda temporária. Para empregados afastados por acidente de trabalho, há estabilidade de 12 meses no emprego após o retorno, além da manutenção do recolhimento do FGTS pelo empregador. O benefício também pode ser acumulado com pensões ou auxílios de outra natureza, desde que não haja incompatibilidade legal.

Autônomos e MEIs precisam manter as contribuições em dia para garantir a qualidade de segurado. Em casos de negativa ou demora excessiva na análise, o segurado pode recorrer administrativamente ou buscar apoio jurídico para assegurar seus direitos. É essencial estar atento a nova lei trabalhista que altera o cálculo do adicional de férias em 2025 para planejar suas finanças.

Impacto do pente-fino nos beneficiários

O pente-fino do INSS, intensificado em 2025, revisou milhares de auxílios-doença e resultou na suspensão de 52% dos benefícios analisados até março. Para evitar a perda do auxílio, os beneficiários convocados devem apresentar documentação completa e comparecer às perícias agendadas. Fique de olho nas revisões do INSS que podem corrigir pagamentos de milhares de segurados.

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Entenda as diferenças entre auxílio-doença e auxílio-acidente do INSS https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/entenda-as-diferencas-entre-auxilio-doenca-e-auxilio-acidente-do-inss/ Sat, 08 Mar 2025 14:48:28 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=418 O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) oferece benefícios por incapacidade que frequentemente geram dúvidas entre os segurados, especialmente no que se refere ao auxílio-doença e ao auxílio-acidente. Apesar de ambos estarem relacionados à saúde e ao trabalho, eles possuem finalidades, regras e públicos distintos. Em 2024, com mais de 1,5 milhão de pedidos de benefícios por incapacidade analisados até outubro, entender essas diferenças é crucial para assegurar seus direitos.

A busca por informações sobre esses benefícios tem crescido, impulsionada por mudanças na legislação, como a Reforma da Previdência de 2019, e pelo aumento de acidentes de trabalho. Em 2023, o Brasil registrou cerca de 600 mil casos de afastamentos relacionados a acidentes laborais, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Este artigo detalha as características de cada benefício, os requisitos para solicitação e as situações em que se aplicam.

Auxílio-Doença: O que é e quem tem direito?

O auxílio-doença, agora chamado de auxílio por incapacidade temporária, é destinado a segurados que enfrentam uma interrupção temporária na capacidade de trabalhar. Ele é concedido quando uma doença ou lesão impede o desempenho das atividades habituais por um período determinado. Em 2024, o INSS processou cerca de 900 mil pedidos desse tipo até setembro.

Para ter direito ao benefício, é necessário comprovar incapacidade total e temporária por meio de perícia médica, apresentando documentos como atestados e laudos. Além disso, o trabalhador deve cumprir um período de carência de 12 meses de contribuições, com exceções para casos de acidentes de qualquer natureza ou doenças graves previstas em lei, como câncer ou tuberculose.

Empregados com carteira assinada precisam estar afastados por mais de 15 dias consecutivos ou intercalados dentro de 60 dias, sendo os primeiros 15 dias custeados pelo empregador. Contribuintes individuais e facultativos podem solicitar o benefício desde o primeiro dia de incapacidade. O valor pago corresponde a 91% da média dos salários de contribuição.

Auxílio-Acidente: Indenização por Sequelas

Diferente do auxílio-doença, o auxílio-acidente tem caráter indenizatório e é direcionado a trabalhadores que sofrem sequelas permanentes após um acidente, reduzindo a capacidade de exercer a ocupação habitual, mas sem exigir afastamento completo. Em 2024, o benefício ganhou destaque com o aumento de ações judiciais para sua concessão.

Esse benefício funciona como um complemento financeiro. Um motorista que perde parte da visão em um olho após um acidente de trânsito, por exemplo, pode ter direito ao auxílio-acidente mesmo conseguindo continuar trabalhando. O valor equivale a 50% da média dos salários de contribuição.

A solicitação exige comprovação de incapacidade parcial e permanente, vínculo com um acidente e qualidade de segurado na data do evento. Não há carência mínima de contribuições, mas apenas empregados (urbanos, rurais e domésticos), trabalhadores avulsos e segurados especiais têm direito ao benefício.

Como Solicitar os Benefícios

A solicitação de benefícios por incapacidade no INSS exige a qualidade de segurado, ou seja, estar contribuindo para a Previdência Social no momento do evento que gerou a incapacidade. Quem perde a condição de segurado pode recorrer ao período de graça, que varia de 12 a 36 meses. É importante estar atento, pois o BPC do INSS também tem seus requisitos.

Para o auxílio-doença, o processo começa com o agendamento de uma perícia médica pelo site ou aplicativo Meu INSS. O segurado deve apresentar documentos médicos atualizados. Em 2024, o tempo médio de espera por uma perícia é de 45 dias, mas pode ser menor em algumas regiões devido a mutirões. Após a aprovação, o benefício é pago enquanto durar a recuperação, com revisões periódicas. Fique atento, pois o auxílio-doença teve seus valores reajustados e podem chegar a R$ 8.157,41 em 2025.

O auxílio-acidente demanda um histórico claro do acidente e suas consequências. A perícia avalia se a sequela é permanente e se há nexo causal com o evento. Diferente do auxílio-doença, o pagamento é vitalício ou até a aposentadoria, e o segurado pode continuar trabalhando normalmente. A negativa administrativa frequentemente leva os trabalhadores a recorrerem ao Judiciário.

Principais Diferenças em Detalhes

O auxílio-doença é voltado para todos os segurados do INSS, incluindo contribuintes individuais e facultativos, enquanto o auxílio-acidente exclui esses grupos, restringindo-se a empregados e segurados especiais. É crucial entender essas diferenças, assim como as regras para a aposentadoria especial do INSS.

O auxílio-doença impede o segurado de exercer atividades remuneradas durante o recebimento, sob risco de cancelamento. Já o auxílio-acidente permite que o trabalhador permaneça ativo, recebendo o benefício como uma compensação extra. Em 2024, cerca de 120 mil segurados acumulam o auxílio-acidente com seus salários.

O auxílio-doença é temporário, cessando com a recuperação ou a conversão para aposentadoria por invalidez, caso a incapacidade se torne permanente. O auxílio-acidente é pago de forma contínua, sem prazo para acabar, exceto na aposentadoria. O valor do primeiro segue uma fórmula mais generosa (91% da média), enquanto o segundo oferece 50%.

Exemplos Práticos

Um operador de máquinas que fratura a perna pode receber auxílio-doença durante o afastamento. Se, após a recuperação, persistir uma limitação no movimento, ele pode solicitar o auxílio-acidente para compensar a sequela permanente, acumulando o valor com seu salário ao retornar às atividades.

Uma empregada doméstica que desenvolve tendinite grave pode se afastar com auxílio-doença. Se, ao voltar, não conseguir manter o mesmo ritmo e a perícia confirmar uma incapacidade parcial e permanente decorrente de um acidente ou lesão específica, ela pode requerer o auxílio-acidente. Para as mães, também é importante saber como solicitar o auxílio-maternidade.

Cronograma de afastamento e pagamento em 2025

Os prazos para afastamento e início dos pagamentos variam conforme o tipo de segurado e o benefício solicitado:

  • Empregados com carteira assinada: Os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pelo empregador. A partir do 16º dia, o INSS assume o auxílio-doença, com o primeiro pagamento liberado em até 30 dias após a perícia.
  • Contribuintes individuais e facultativos: O auxílio-doença começa a contar desde o primeiro dia de incapacidade, com pagamento iniciado em média 45 dias após a aprovação.
  • Auxílio-acidente: Não há período de espera inicial, e o benefício é liberado em cerca de 40 dias após a confirmação da perícia, sendo retroativo à data do pedido.

Curiosidades

  • O auxílio-acidente pode ser acumulado com outros benefícios, como pensão por morte, desde que não exceda o teto do INSS, que em 2024 é de R$ 7.786,02.
  • Doenças graves, como HIV ou Mal de Parkinson, isentam o segurado da carência do auxílio-doença.
  • Cerca de 30% dos pedidos de auxílio-acidente são negados na esfera administrativa, mas mais de 60% desses casos têm decisões favoráveis na Justiça.
  • O auxílio-doença exige revisões periódicas, que em 2024 ocorrem a cada dois anos para segurados com menos de 60 anos, exceto em casos de incapacidade irreversível. Inclusive, o INSS prorrogou a revisão de benefícios por incapacidade e pensões por morte até dezembro de 2025.

Impacto na Vida dos Trabalhadores

Os benefícios por incapacidade são cruciais na proteção social dos brasileiros. O auxílio-doença oferece suporte financeiro em momentos de fragilidade, permitindo que o trabalhador se concentre na recuperação. Já o auxílio-acidente funciona como uma rede de segurança para quem enfrenta limitações permanentes.

A combinação de ambos os benefícios, quando aplicável, reflete a flexibilidade do sistema previdenciário em atender às necessidades variadas dos segurados. Em um país onde os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais seguem em alta, compreender essas opções é fundamental para assegurar estabilidade financeira e qualidade de vida.

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Auxílio-Doença: valores são reajustados e podem chegar a R$ 8.157,41 em 2025 https://beneficiodogoverno.com.br/beneficios-previdenciarios/auxilio-doenca-valores-sao-reajustados-e-podem-chegar-a-r-8-15741-em-2025/ Mon, 03 Mar 2025 22:49:14 +0000 https://beneficiodogoverno.com.br/?p=151 O auxílio-doença, agora denominado benefício por incapacidade temporária, é um suporte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para trabalhadores impossibilitados de exercer suas funções por mais de 15 dias. Com o reajuste anual, em 13 de janeiro de 2025, os valores do benefício foram atualizados em 4,77%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024.

O valor mínimo do benefício é de R$ 1.518,00, seguindo o novo salário mínimo, enquanto o teto é de R$ 8.157,41, refletindo o limite máximo dos benefícios previdenciários. Em 2023, o INSS concedeu cerca de 2,1 milhões de benefícios por incapacidade temporária.

A solicitação do benefício é feita online, através do site ou aplicativo Meu INSS, ou pela Central 135. Em 2025, o governo mantém a flexibilidade, permitindo que trabalhadores enviem atestados médicos digitalizados em regiões onde o agendamento de perícias ultrapassa 30 dias.

Para ter direito ao auxílio-doença, o trabalhador deve ter contribuído por no mínimo 12 meses ao INSS, comprovar a incapacidade temporária e manter a qualidade de segurado. Acidentes de trabalho ou doenças graves, como câncer e tuberculose, são exceções que dispensam o período de carência. Se você tem dúvidas sobre outros benefícios, confira também o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e veja quem tem direito.

Quem pode solicitar o auxílio-doença no INSS

Segurados do INSS incapacitados para o trabalho por mais de 15 dias têm direito ao auxílio-doença, desde que atendam às condições estabelecidas. Isso inclui empregados com carteira assinada, autônomos, microempreendedores individuais (MEI), trabalhadores rurais e contribuintes facultativos.

Empregados formais recebem os primeiros 15 dias de afastamento pagos pela empresa, e o INSS assume a partir do 16º dia. Autônomos e outros segurados podem solicitar o benefício desde o início da incapacidade, comprovada por perícia médica ou análise documental.

Valores atualizados do benefício em 2025

A partir de 1º de janeiro de 2025, o auxílio-doença tem um piso de R$ 1.518,00, equivalente ao salário mínimo, e um teto de R$ 8.157,41, conforme a Portaria Interministerial MPS/MF nº 6. O cálculo considera 91% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994, ou a média dos últimos 12 meses, prevalecendo o menor valor, desde que não inferior ao mínimo nacional.

Passo a passo para solicitar o auxílio-doença

O processo começa com o acesso ao Meu INSS, disponível como aplicativo ou pelo site oficial, utilizando a conta Gov.br. Após o login, o segurado seleciona “Pedir Benefício por Incapacidade” e escolhe entre análise documental ou agendamento de perícia presencial. Em 2023, cerca de 60% dos pedidos iniciais foram feitos online.

Para a análise documental, é necessário anexar atestados médicos e exames digitalizados, legíveis e assinados por profissional registrado.

Após o envio, o acompanhamento é feito na opção “Consultar Pedidos” do Meu INSS. O prazo médio de análise é de 45 dias, conforme acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021, embora projetos em tramitação na Câmara dos Deputados, como o PL 4365/21, busquem oficializar esse limite. O pagamento, quando aprovado, é depositado em conta informada pelo segurado ou na conta poupança social digital da Caixa Econômica Federal.

A documentação necessária inclui RG, CPF e comprovantes médicos, como laudos, exames e receitas. Em casos de acidente de trabalho, a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) também deve ser apresentada. Para segurados especiais, como trabalhadores rurais, é preciso incluir documentos que comprovem a atividade.

Regras e condições para o benefício

O auxílio-doença exige que o segurado tenha qualidade de segurado ativa, ou seja, esteja contribuindo ou dentro do período de graça, que pode chegar a 12 meses após o fim das contribuições, ou até 36 meses em casos como desemprego involuntário com mais de 120 contribuições. A carência de 12 meses é dispensada para acidentes, doenças profissionais ou condições graves listadas na Portaria Interministerial MTP/MS nº 22, como esclerose múltipla e HIV sintomático. É importante estar atento a essas condições, especialmente se você está planejando sua aposentadoria e como as regras de transição podem afetar seus direitos.

Em 2025, o INSS mantém a possibilidade de conversão do auxílio-doença em aposentadoria por incapacidade permanente, caso a perícia identifique incapacidade total e irreversível. O valor do benefício não pode ser acumulado com aposentadoria, salário-maternidade ou seguro-desemprego, mas é permitido receber pensão por morte ou auxílio-acidente de origem distinta. Para algumas profissões, a aposentadoria especial pode ser uma opção mais vantajosa, permitindo a aposentadoria com menos tempo de contribuição.

Calendário de pagamento do auxílio-doença

Os pagamentos do auxílio-doença seguem o calendário anual do INSS, baseado no último dígito do número do benefício. Para este mês de março de 2025, os depósitos começam no dia 24 para benefícios novos ou em análise, respeitando o seguinte cronograma inicial:

  • Final 1: 24 de março
  • Final 2: 25 de março
  • Final 3: 26 de março
  • Final 4: 27 de março
  • Final 5: 28 de março
  • Final 6: 31 de março
  • Final 7: 1º de abril
  • Final 8: 2 de abril
  • Final 9: 3 de abril
  • Final 0: 4 de abril

Os valores são liberados mensalmente, e o segurado tem até 60 dias para sacar após o depósito.

Dicas práticas para garantir o benefício

Reúna todos os documentos médicos atualizados, com informações claras sobre a doença, o tratamento e o período de afastamento recomendado pelo médico. Acompanhe o andamento do pedido regularmente pelo Meu INSS e mantenha o cadastro atualizado.

Caso o benefício seja negado, o segurado tem até 30 dias para entrar com recurso na Junta de Recursos, anexando novos exames ou laudos que reforcem a incapacidade. Em casos de doenças da coluna, como hérnia de disco, é fundamental apresentar todos os laudos e exames detalhados para comprovar a incapacidade.

Curiosidades sobre o auxílio-doença

  • O auxílio-doença foi criado em 1923, mas regulamentado como conhecemos hoje pela Lei nº 8.213, de 1991.
  • Em 2020, a pandemia levou à criação temporária da análise documental, beneficiando mais de 500 mil segurados.
  • Doenças musculoesqueléticas, como LER/DORT, lideram os pedidos, representando 25% dos casos em 2023.

O reajuste para até R$ 8.157,41 no teto do auxílio-doença em 2025 deve injetar cerca de R$ 5 bilhões adicionais na economia, considerando os 2,1 milhões de benefícios concedidos anualmente. Socialmente, o benefício reduz a vulnerabilidade de trabalhadores de baixa renda.

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