Atualmente, o programa beneficia mais de 21 milhões de famílias, com um orçamento previsto de R$ 167,2 bilhões para este ano. A decisão de manter o valor fixo ocorre em um contexto de alta nos preços dos alimentos, que registraram uma inflação de 8% em 2024, contrastando com o IPCA de 4,8%. Essa disparidade pressiona o poder de compra das famílias de baixa renda, que dependem do auxílio para garantir o acesso a itens básicos como arroz, feijão e carne.

A sugestão de Wellington Dias sobre um possível aumento, motivada pela escalada dos preços dos alimentos, gerou expectativas entre os beneficiários. O ministro havia mencionado a possibilidade de um reajuste ou complemento alimentar para 2025, após diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a Casa Civil rapidamente negou qualquer estudo nesse sentido, buscando conter a volatilidade no mercado financeiro e evitar expectativas infundadas.

A negativa da Casa Civil expõe tensões internas no governo entre a equipe econômica, que prioriza o controle de gastos, e setores sociais, que defendem medidas para mitigar os efeitos da inflação. Apesar de o Bolsa Família ser considerado um pilar no combate à pobreza e à desigualdade, a ausência de reajuste levanta questionamentos sobre sua capacidade de garantir a segurança alimentar e reduzir as desigualdades em um cenário econômico desafiador. Fique atento para evitar o cancelamento do Bolsa Família e garantir o benefício em 2025.

Em janeiro de 2025, o Bolsa Família alcançou 20,48 milhões de famílias, com um valor médio de R$ 673,62 por família. Os pagamentos seguem um cronograma baseado no último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Consulte o Calendário Bolsa Família 2025 para saber as datas de pagamento e as regras para receber o benefício.

Para aliviar a pressão inflacionária sem alterar o Bolsa Família, o governo aposta em medidas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra produtos de agricultores familiares para venda direta a preços acessíveis. Além disso, busca-se incentivar a qualificação profissional para reduzir a dependência do benefício.

O Bolsa Família tem desempenhado um papel crucial na redução da pobreza e da desigualdade no Brasil. Desde 2003, o programa atendeu mais de 50 milhões de famílias, diminuindo a extrema pobreza em 25%. Em 2024, cerca de 1 milhão de famílias deixaram o programa devido ao aumento da renda, enquanto 4,4 milhões foram incluídas. Lembre-se que 6,4 milhões de famílias precisam atualizar dados no Cadastro Único até fevereiro de 2026. Para um melhor planejamento, consulte também o calendário de pagamentos do Bolsa Família 2025.